sábado, 24 de dezembro de 2011

Jingle bell...

Ajudar a fazer a ceia está sendo um desafio! Na cozinha estamos eu, minha mãe e minha tia. Uma é TDA diagnosticada, uma faz parte das minhas suspeitas e se não somos todas acometidas do mesmo problema, certamente somos caducas e estamos meio bebinhas! Hehehe!

Ainda assim, tirei um tempinho pra agradecer o apoio de vocês nesses últimos meses e desejara vocês boas festas, com muito amor para vocês e seus familiares!

Acho que a essência do Natal é exatamente isso que vocês tem feito por mim: solidariedade, conselho, auxílio e companheirismo, e por isso fico grata.

Saibam que estou sempre aqui pra retribuir este carinho!

Boas Festas para todos os avoadinhos que passam por aqui!

sábado, 5 de novembro de 2011

UPGRADE

Acabei de adquirir um novo telefone.
Isso significa baixar aplicativos, inserir contatos, atualizar agenda etc.
Porém, existe coisa ainda mais importante pra um DDA em um momento como esse: sincronizar compromissos e tarefas.
Celular facilitou muito a vida dos  Dda mundo afora e eu ja falei aqui como os alarmes do meu telefone me irritam, mas como eles são necessários!
Celular pra mim tem que fazer barulho e chamar atenção, senão de nada me serve.
E a relação de vocês com telefone/celular/smartphone, como é?

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Retorno de Jedi

Bundinha, caríssimos avoados!

Fiquei muito feliz em ver que apesar de eu mesma não estar a fim de me encarar, algumas pessoas estão.

A verdade é que quando a gente olha um semelhante, encontra uma forma de olhar nós mesmos e, embora isso não seja sempre agradável, é sempre uma forma de auto-conhecimento e de crescimento pessoal, né?

Portanto, vocês, meus caríssimos avoadinhos, são pessoas sensacionais por persistirem lendo esse blog! Smiley piscando

Obrigada pelo apoio de vocês!

Eu ainda não preparei o texto em que falo do trabalho, mas posso adiantar que eu já tenho olhado pro meu cotidiano com mais satisfação do que antes.

O TDA também observa e permeia meu dia-a-dia com perseverança no intento, Jesus!

Ontem à noite, num esforço hercúleo de me impor alguma rotina, deitei cedo pra dormir. Procurei meu celular pra acertar o despertador e claro que não achei! (Um DDA nunca pode mudar as coisas de lugar, senão NUNCA MAIS acha)

Fiz meu namorado ligar pra ele pra descobrí-lo embaixo do meu travesseiro. =P

Essa foi a trapalhada #1 da noite. Segue a #2.

key

Meu namorado sempre tranca a casa antes de deitar e quando ele foi fazer isso, reparou que a sua chave tinha sumido.

Procuramos em todos os lugares possíveis e imagináveis da casa, dentro de bolsas, mochilas, gavetas, encontramos meias e cuecas perdidas embaixo do armário, mas não achamos a chave! (nem a tampa da minha manteiga de cacau que eu perdi há séculos, que droga!)

Já tava dando altos esporros nele no nível do “não deixe o DDA dominar a sua vida, poxa!”.

Desistimos.

Ele resolveu mexer no meu porta-jóias. Adivinha quem botei a chave lá dentro? Pois é.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Só de passagem

Oi, avoadinhos!

Desculpa o sumiço, mas sabe como é, né. Pros DDAs, os projetos começam e dificilmente terminam. Ainda assim, isso não quer dizer que eu vou abandonar vocês, muito pelo contrário.

Antes de qualquer coisa, esse blog é um encontro comigo mesma, com as minhas limitações e a única maneira que eu sei de racionalizar e resolver meus problemas: escrevendo.

O DDA é o problema do momento, mas como o meu namorado fala, a fissura inicial já passou. Estou tentando me adaptar melhor a cada dia a esta condição, ficando mais atenta a eventuais descuidos. E como tudo na minha vida, esse período está passando rápido demais preu verbalizar, racionalizar ou colocar no papel (ou no post, como queiram).

Outra caracterísitca do DDA é postergar tarefas "chatas". E se vocês tem acompanhado este blog, podem ter ideia que o que virá adiante é tenso (pelo menos pra mim).

Já falei da minha infância e da minha adolescência. Finalmente, chegou a hora de encarar as perspectivas presentes e atuais do transtorno. E ouso dizer que se eu não estivesse tomando fluoxetina, provavelmente não teria nem ânimo de escrever este post, pois eu andava muito insatisfeita comigo mesma e os últimos resultados do DDA na minha vida profissional.

Levo e sempre levei minha vida profissional muito a sério, embora eu ainda não atue plenamente na área em que escolhi.Porém, dedicação não impedem a gente de fazer besteira por conta do DDA. Lidar com a culpa oriunda desses últimos acontecimentos é que tem sido meu mais recente desafio e reconstruir minha auto-confiança é o próximo passo.

Prometo que assim que eu me sentir pronta pra encarar essas coisas de frente, volto aqui e conto tudinho pra vocês! =)

Por enquanto, tô tentando voltar a minha rotina e organizar minha cabeça.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Aspectos positivos do DDA

Como se não bastasse a gente ser estigmatizado por conta da nossa condição a vida toda, afetando a nossa auto-estima, os artigos científicos e afins que falam sobre TDAH sempre enfatizam os sintomas e as consequências negativas que o transtorno pode trazer.

Eu já tava de saco cheio de ser lembrada de como eu sou desmemoriada, atrapalhada e desatenta então vocês podem imaginar minha alegria quando achei um texto que falava sobre os aspectos positivos do DDA. (algo de bom nessa merda tem que ter, meu Deus!)

Achei tão bacana que resolvi dividir aqui com vocês, com direito a comentários meus com impressões sobre o texto. Os comentários estão em azulzinho e depois do asterisco.Aí vai!


O DDA tem muitas conotações negativas e, infelizmente, por causa disso, as características positivas das pessoas diagnosticadas são ignoradas apesar destas demandarem maior incentivo nesse sentido.
Até o momento estão relacionadas algumas características positivas freqüentes nos portadores do DDA:

• Sensibilidade.
• Compreensão dos sentimentos alheios.
• Sentimentos profundos.
• Naturalmente criativos (incluindo a solução de problemas). * Quem se mete em muita encrenca uma hora tem que aprender a encontrar soluções, né?
• Inventivos. *Ah,isso é! Vivo inventando esquemas pra não esquecer meus compromissos e desculpas pra estar pensando "na morte da bezerra"
• Freqüentemente vêem as coisas de uma perspectiva peculiar. * Se estiver brilhando muito ou me chamar a atenção, pode virar uma estória na minha cabeça, com uma visão peculiar no mínimo, certeza.
• Bons em encontrar coisas perdidas (como pessoas em uma multidão). *Nos atemos a detalhes que algumas pessoas não veem e como vivemos perdendo nossas coisas, nos especializamos em achá-las!
• Têm percepção acurada. *Jura? Isso não funciona comigo. Geralmente estou ocupada NÃO percebendo coisas.
• Cômicos. * Vai dizer que não é engraçado ver alguém tropeçando e se batendo nas coisas o tempo todo? É, pimenta no dos outros é refresco, amigo!
• Espontâneos. *Claro, eu não consigo fingir DDA! É espontâneo mesmo!
• Engraçados. * De novo, no dos outros é bacana, né, bonito?
• Energéticos. *E às vezes é por isso que eu tropeço e me estabaco.
• Abertos, transparentes. *Impulsividade é isso, queridão! Mal abre a boca, já sai falando o que não deve!
• Não guardam ressentimentos. *Claro! A gente esquece dali uma hora!
• Rápidos nas atividades que gostam de realizar. *Isso não significa ejaculação precoce, amigos avoados!
• Difíceis de enganar. *Isso também não funciona comigo. Minha ingenuidade é maior que meu DDA. =/
• Penetram as pessoas e situações vendo além das aparências. *Mas pelamordedeus, menina! Não me pergunte se eu notei algo diferente em você, que eu nunca vou saber!
• Seguros. *Hein? Eu vivo errando coisas banais, segurança passa longe, benhê.
• Sociáveis. *Você está na fila do banco. Alguém a dois metros de você reclama da demora e claro, você escuta! Imediatamente rola uma empatia e começa um papo que, por conta das circunstâncias momentâneas e da sua natural disposição pra falar, pode se prolongar por horas e você sai do banco com um novo amigo. Viu a cena? Dèja vu?
• Multidisciplinares. *E consequentemente, inconclusivos.
• Originais. *Vai dizer que você nunca percebeu que dá pra contar uma estorinha feita só com emoticons do MSN???
• Observadores. *De muitas coisas ao mesmo tempo, de preferência.
• Leais.
• Tendidos a realizarem tarefas porque querem e não porque devem. *Isso é legal aonde? O mundo inteiro caga pra o que você quer mas vive dando pitaco no que você DEVE fazer!

É. Acho que eu ainda não aceitei muito bem o diagnóstico a ponto de ver muitas coisas positivas.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Festa duro? tsc tsc tsc

Eis que chega o fim de semana!
Nada de trabalho estressante, dá pra pegar mais leve nos estudos (ou não), hora de colocar aquele outfit bacana, aquela make mais glamourosa, sair pra dançar ou encontrar os amigos no bar e encher a ca...OH WAIT!
Poooois é. Nada disso. Só tem uma semana que o tratamento começou e o médico pediu que me abstivesse de álcool por pelo menos duas semanas.
Logo, nada de festa duro pra Avoada esse fim de semana. :(
Mas diversão não precisa necessariamente ter álcool, não é verdade?
Quando contei pro meu irmão que eu não podia beber por um tempo, ele me perguntou se agora eu ia "virar careta".
Sempre gostei de uma cervejinha, mas eu já não andava bebendo mais tanto, então acho que não vou sofrer muito.
Mas será que nunca mais vou poder tomar uma geladinha com os amigos no bar? Será que suspendendo o remédio, eu posso?
Ainda tenho muitas dúvidas quanto à medicação.
Como por exemplo, se eu poderia fazer uso dela só quando efetivamente precisasse, como no trabalho ou quando vou estudar.
Como funciona isso pra vocês, pessoal?

Bom fim de semana, avoadinhos! ^^

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Crescendo com TDAH


Na adolescência, eu continuava lutando contra a minha dificuldade com matemática. Outras matérias continuavam me causando problemas, mas não o suficiente pra me causar muitas preocupações. Eu ficava de recuperação todo ano, mas sempre passava.
Nas aulas, se eu não dormia, viajava na maionese, a não ser que fosse aula de história ou português, que eu gostava muito. Ficava frustrada porque meus colegas entendiam coisas que pra mim era pior que física quântica! Meus professores ficavam frustrados de me ensinar, porque eu simplismente não entendia.Meu colégio pregava a competitividade e eu me sentia ficando pra trás.
Eu tinha uma dificuldade enooorme de levantar de manhã e tinha crises de insônia, em que eu passava escrevendo, escrevendo, escrevendo...Escrevi material pra vários livros e nunca publiquei nada.
Minha mãe chegou a me bater de toalha, me jogar água gelada, tudo pra eu levantar de manhã!
Todo mês eu levava esporro porque esquecia as datas de vencimento das contas que minha mãe deixava a meu cargo pra pagar, até que eu cansei e passei a prestar mais atenção quando ela falava comigo, hehehe.
Depois, durante a faculdade, eu esquecia quando tinha que entregar os trabalhos, os prazos estipulados pelos professores eram um desafio pra mim e eu vivia procrastinando o estudo. Ainda assim, nas matérias que eu gostava, como Filosofia e Sociologia, tirava notas altíssimas. Cheguei a tirar 11 em uma prova de Sociologia! hahaha
Eu era extremamente impulsiva, falando as maiores besteiras nas horas mais inapropriadas, o que me levou a perder alguns amigos, oportunidades de estágio, e meus amigos me viam como uma pessoa em quem não dava pra confiar um segredo, porque eu podia esquecer que era um segredo e contar pra alguém. Ainda assim, sempre fui muito doce e companheira. Conhecia muita gente, mas confiava a minha amizade a um grupo seleto que compreendia o meu jeitinho desligado. :)
Tive que me forçar muuuito pra diminuir isso, mas eu ainda me meto em gafes monumentais!
Isso sem falar que eu nunca tive disciplina pra seguir uma dieta e comia compulsivamente. Acho que entro e saio de dietas desde que eu tinha 10 anos e só consegui emagrecer com psicotrópicos.
Mas tudo eu achava que era remediável, que bastava eu me organizar e tudo daria certo. 
E foi assim que eu fui me adaptando aos poucos a minha distração excessiva.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Detalhes


Que alívio!

Hoje estou bem melhor, muito melhor, aliás!

Aos poucos, estou notando pequenas mudanças e melhoras.

Eu ainda ando feito uma desvairada na rua, de tão rápido. E ainda divago no trabalho quando estou entediada. Mas é melhor do que como estava ontem: tonta, confusa e quando ficava entediada, levantava e ia ao banheiro ou pegar água, porque a minha boca tava tão seca!

Meus lábios chegam a estar ressecados. =/

Mas estou mais concentrada, reparo nos erros - sim, eles ainda acontecem - mais rápido, a tempo de consertá-los.

Nos últimos dias, tomando 4 comprimidos de ritalina por dia, eu entrava na sala do meu trabalho, dava bom dia e praticamente só falava pra dar boa noite. Hoje eu já consegui interagir com as pessoas sem ficar confusa, sorrir como eu sempre costumo fazer, embora as pessoas ainda digam que estou "muito calada".

Mas é tão bom estar em silêncio em vez de estar dizendo coisas que eu não queria ou não deveria ter dito! E pensar antes de falar!

Acordei e dei uma pequena faxina em casa, coloquei roupa pra lavar, coisa que há dias eu não tinha ânimo pra fazer. Amanhã quero voltar a caminhar e estudar.

Mas ainda assim, deixei um detalhe escapar. Coloquei água no fogo pra limpar uma jarra, desliguei o fogo (eu lembrei!), mas esqueci de limpar a jarra. :(

Acho que uma coisinha ou outra sempre vai passar em branco. Mas se forem coisas realmente pequenas e desimportantes, tudo bem. =D

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Já posso dirigir uma empilhadeira!

E isso é o que provavelmente aconteceria se me deixassem dirigir uma empilhadeira.

Mas agora acho que mesmo assim, dá pra arriscar, viu?


Fogos de artifício, por favor! Meu médico reduziu a minha medicação, uebaaaa!

Liguei de manhã cedo pra terapeuta, porque na semana passada trocamos a data da consulta e é claro que eu não lembrava se era uma troca temporária ou definitiva. E claro que era definitiva e eu, depois de passar mais uma noite em claro, fui lá à toa. Saí de lá pensando na minha cama quentinha, que eu deixei em casa.

Já que eu tava na rua mesmo, decidi ir na revendedora da Avon comprar um pó compacto, pra esconder as olheiras horríveis que agora fazem parte do meu look. Eis que no meio do caminho eu sinto um aperto no peito...

Assim não dá! Aí já chega! Mandei um e-mail pro médico e pedi o reajuste da medicação. Ainda bem que ele me atendeu, to doida pra deitar e...dormir. Simples assim.

Isso sem falar que menos medicamentos significam menos gastos! E isso deixa qualquer cristão feliz, né? Por que esses remédios são caros, viu, te contar! E eu tenho um trabalho igual o de todo mundo, daqueles que vc só se fode e ganha pouco, então há de se ter um pouco de compaixão.

Então é isso. Se o remédio der ziquizira, melhor falar com o médico, antes que você comece a ver e ouvir coisas. (Será, gente?)

Leia a bula




Sempre tive pavor a remédios. Me sinto ainda mais doente quando tenho que tomá-los. Claro que eu acabo melhorando, mas sempre pensei que se eu tivesse que tomar remédios pra toda vida


                         1. Eu esqueceria os remédios dia sim, dia não;
                         2. Logo eu encheria o saco de tomá-los.

Então, eu já enchi o saco de tomar meus remédios. E eu tô tomando eles há, hum...deixa eu ver...sexta, sábado, FUN FUN FUN, domingo, nem um pouco ansiosa pro início da semana, segunda... quatro longuíssimos dias!!!

Eu sei, eu sou dramática, mas é meu charme, não posso deixar essa característica tão marcante de lado! hehehe

Na verdade eu tô é P da vida com a minha terapeuta e com o psiquiatra, que não me falaram nada sobre as reações adversas que eu poderia ter. Chego a pensar que se eu soubesse que a medicação dava esse desconforto todo, teria desistido. Quem sabe foi melhor não ler a bula, como sempre faço...

Li em algumas comunidades do Orkut e não me julguem porque no Facebook não tinha nada sobre o assunto que as primeiras reações à medicação costumam impressionar mesmo, que são muito tensas. E depois que eu li a bula, fiquei mais impressionada ainda! Cara, se você for como eu, não vai se tratar se ler a bula desses remédios!

Primeiro que a Rita é daquelas mulheres melentas, apegadas demais. E quando você se apega, não quer mais largar, entendeu? Pois é. E isso muito me preocupa porque não curto relacionamentos dependentes e obsessivos.

E como toda mulher, Ritinha tem suas virtudes e defeitos...

Ela me deixa agitada, irritadiça, me roubou minhas noites de sono. Tenho xingado tanto que pareço que tenho Tourette! E essa relação com ela me deixou muito confusa nos primeiros dias. Cheguei ao ponto de não entender muito bem o que as pessoas falavam comigo e isso me deixou bem assustada.

O remédio também me deu tontura, náusea e dor de estômago, boca seca, uma sede descomunal! Nunca me achei hiperativa, mas eu levanto tanto pra buscar água no trabalho que tô repensando meus conceitos! o_O

Porém, essas reações todas são esperadas. Pelo menos eu ainda não tive alergia, coceira nem dor no peito! Do jeito que eu sou sugestionável, se começar a me doer o peito, eu saio correndo pro hospital! #dramaqueen hahaha

E que coisa mais contraditória um remédio feito pra melhorar a sua concentração, mas que não permite que você dirija, suba uma escada, opere uma empilhadeira? E se rolar um atentado no prédio do meu trabalho, e eu for a única consciente e só tiver uma empilhadeira pra tirar os entulhos e liberar a passagem? Aí eu olho pro alto e me revolto com Deus, né?

- Cê jura que deixou essa tarefa pra menina DDA??? Sacaninha! #brinks

Positivamente, quando eu sento na cadeira, consigo me concentrar a ponto de saber quando estou a ponto de divagar ou se já tô em alguma viagem inútil pra aquele momento. E os meus colegas me ajudam bastante e falam de assuntos que super me interessam: novelas, A Fazenda etc. #NOT

Também percebo quando a minha mente tá começando a ir rápido demais e eu começo a me perder. Quando eu sinto ela fazendo vrum,vruum,vruuuum eu já mando um "Calma lá, garota!". Só quero ver o dia que eu gritar isso alto na sala, aí sim vai ser legal! Hahahaha!

Sei que eu mal comecei, mas já quero parar. Típico. ¬¬

domingo, 21 de agosto de 2011

Era uma vez uma menina meio desligada...

Oi, avoados!

Estou tentando montar as peças do quebra-cabeças que justificariam o diagnóstico de TDA pra mim. Já reparei que muitos TDA's fazem isso em seus blogs e é bacana porque ajuda outras pessoas a identificarem possíveis TDA's em seu convívio e procurar ajuda. Sem falar que clareia as coisas na nossa mente, né?

Enfim, eu juro pra vocês que eu tentei enxugar o texto, fazer uma coisa concisa, mas TUDO PARECE RELEVANTE!

Então, eu peço a compreensão de vocês pro tamanho do texto. Please, não desistam de mim ainda! Hahahaha!

Lá vai.


O TDAH não pode ser adquirido na fase adulta. Quem é TDAH, nasce TDAH. A propensão ao distúrbio depende de fatores genéticos, ocorre devido a um desequilíbrio neuroquímico no cérebro, mas ainda não vi ninguém explicando por que ocorre esse desequilíbrio. Estudos recentes mostram inclusive que o mesmo gene que enseja a propensão ao autismo também causa propensão ao TDA.

Eu nasci no seio de uma família bem “normal” e não sei dizer se meu pai ou minha mãe, ou até mesmo os dois são TDAH (grande suspeita, viu?), mas não existia a mínima suspeita de que eu tivesse qualquer problema. Muito pelo contrário, até uma certa idade acreditou-se que eu era uma espécie de super-dotada, por ter me auto-alfabetizado aos seis anos durante as férias de verão.

Ocorre que nas meninas o TDA geralmente se manifesta no tipo Desatento. Meninas TDA são mais quietinhas, obedientes, sonhadoras e passam boa parte do tempo divagando em estórias. Como o TDA é muito relacionado com a hiperatividade, esse tipo de criança desatenta, sonhadora e distraída acaba ficando sem diagnóstico. (Oi!) *Não consegui não fazer esse comentário => Sem falar que na minha época esse negócio de hiperatividade era pura frescura!
Até os oito anos de idade, eu já tinha escrito dois “livros”, textos esparsos de estórias que eu tinha criado, e até encenava sozinha em casa, interpretando todos os personagens ao mesmo tempo, e já apresentava problemas com matemática e falta de atenção em alguns ditados.

Cansei de tomar esporro dos meus professores, porque errava a questão tal por “pura falta de atenção”, durante toda a minha infância e adolescência.

Meu comportamento na escola beirava o agressivo. Vivia brigando com os moleques no recreio e meu passatempo favorito era bater nos que ficavam me provocando. Pra piorar, sempre fui gordinha e ainda tinha esse estigma em cima de mim, além de ser a CDF. Mais um motivo pra pequenas perseguições, que hoje provavelmente seriam classificadas como bullying. Minhas brigas na escola causaram a suspensão de pelo menos uns dois valentões, que me acusavam de ser protegida dos professores. Hum, devia ser porque eu era boazinha apesar de tudo, e porque eu tinha 8 anos e eles uns 14...( raivinha nostálgica rolando agora, um minutinho! hahaha)

Enfim, meu comportamento impulsivo me rendeu algumas visitas a diretoria, minha mãe teve que ir algumas vezes na escola porque às vezes eu falava demais na sala de aula. Eu me relacionava bem com a maioria dos colegas na infância, era comunicativa, extrovertida mas divagava demais. Isso tudo me faz crer que sou um tipo misto de TDA Desatento com Hiperativo.

Na primeira semana de aula no jardim de infância, em uma escola de freiras – eu sei, dei uma puta viajada no tempo mas a minha cabeça faz isso o tempo todo, gente, é inevitável! Argh! - fui suspensa porque mandei SÓ a professora/freira tomar no cu. Legal, né?

Acho que eu não tinha maldade no que eu falava, mas tudo o que eu aprendia, imediatamente precisava aplicar no meu dia a dia. E isso me rendeu muitos outros problemas, ah rendeu!

A cereja do bolo era a minha organização! Perdia material, emprestava e não lembrava pra quem tinha emprestado, pra depois ficar brava, achando que tinham me roubado! Não encontrava cadernos, cadernetas, livros etc. Esquecia as datas de provas, inclusive as da recuperação! E a partir da 5ª série, recuperação era praxe na minha rotina escolar. So much for “eu tive um futuro promissor”, heim?

Na família, eu era a respondona, mal-criada, ovelha negra. Minha mãe, coitada, ainda era acusada de ser uma mãe muito leniente, olha que injustiça! E além de sempre tomar esporro por causa do meu comportamento, eu ficava com dó da minha mãe, mas não podia evitar minha agressividade. Desafiava a autoridade dos meus pais dia após dia, mesmo que isso apenas me desgastasse emocionalmente e me fizesse sentir afastada da família e por consequência, carente e insegura.

Tudo indicava que a minha adolescência não seria muito tranquila...

sábado, 20 de agosto de 2011

1º passeio com a Ritinha


http://www.flickr.com/photos/elcerdo/



Bom dia, pessoas!

São 06:35 AM. E ontem foi meu primeiro dia vivendo com a Rita.

Não, não, você não está em um blog homoafetivo. Pelo menos, eu acho que não. o_O

Esse é só um apelido fofo pra um remédio muito conhecido de quem tem TDAH, a Ritalina.

Confesso que quando minha terapeuta me disse que meu caso tinha solução, que era um remedinho bobo que não alterava nada, fiquei meio apreensiva. Feliz e de certo modo aliviada, chorei pra cacete durante e depois da consulta, era como se um quebra-cabeças se auto-montasse na minha mente, como se rolasse o big-bang e eu tivesse encontrado a resposta pra obtenção da paz mundial. Mas fiquei apreensiva.

Isso porque tenho pavor de ficar viciada em remédios. Não tenho grana pra ficar gastando em remédios! E eu não queria nem ficar robotizada nem lesada por conta de medicação.

Porém, eu estava assistindo inerte a minha vocação ser desperdiçada, minha carreira que já não é essas coisas sendo jogada no lixo e eu já estava começando a me sentir meio como a minha carreira: um lixo.

Eu tenho uma família ótima, um namorado maravilhoso, que vive comigo e é super parceiro e alguns poucos amigos que ainda me mandam um recadinho no Face ou no Orkut de vez em quando.

Sou super querida no trabalho e as pessoas me tratam super bem e vice-versa. Sou comprometida, empenhada e dedicada ao meu trabalho, mesmo não sendo tudo aquilo que eu almejei pra mim. Mas ainda assim as coisas não estavam dando certo pra mim por lá e cheguei a desperdiçar boas chances de promoção e de reconhecimento, que eu tanto queria.

Diante disso, fui obrigada a pedir ajuda.

Eu já fazia terapia há dois anos e, quando fiz um balanço da minha vida e dos últimos seis meses dentro de certos critérios, minha psicóloga e eu chegamos à conclusão de que eu estava vivendo bem apesar de ter Tanstorno de Déficit de Atenção – TDAH/ DDA até este momento. Só até este momento.

Em outra ocasião, a terapeuta chegou a identificar uma depressão, assim que eu vim morar com meu namorado. Mas eu me recusei a tomar remédios. Achei que eu dava conta.

Dessa vez, a conta tá muito cara preu pagar assim. Então, achei melhor não resistir ao tratamento e parar de sofrer.

A merda é que são 06:47 AM e eu ainda não dormi. E isso não é nada bom porque eu tenho uma vida, né? Como eu vou fazer pra vivê-la hoje? Virada, porém atenta a base de Ritalina? Será que isso é normal?

Já costumo ter bastante insônia então, vou relevar esse sintoma e dar uma chance pra mim mesma e pra Rita.

E pra aliviar a ansiedade que isso tá me causando, vou dividindo por aqui o dia a dia de uma recém-ritalinada . =)

Claro que, dentro daquilo que a minha habitual indisciplina me permitir porque né? DDA's não são muito organizados nem disciplinados. =P

Mas vamos fazer um acordo? Eu falo se você falar. Se tem alguém lendo nessa blogosfera de meu Deus, me dá a mão e vamos nessa juntos, porque tá foda e mal começou!

Beijos,

A.

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